Seu nome científico hippocampus é originário da mitologia grega, filhos de Poseidon, onde a parte superior era de um cavalo com crina membranosa, guelras e membranas interdigitais nos supostos cascos, e sua parte inferior era de um golfinho. Os Hippocampus eram empregados pelo Deus dos Mares em sua maioria na espionagem e na patrulha por seu reino oceânico e também eram conhecidos como cavalo marinho.
Este ser mitológico também aparece no filme Percy Jackson e o Mar de Monstros. No filme, este ser dá uma carona em suas costas a Percy, Annabeth e Tyson até chegarem ao iate chamado Princesa Andrômeda.
Esse peixe ósseo e carnívoro que existe há mais de 40 milhões de anos possui um exoesqueleto e vive em águas tropicais e temperadas desde de a superfície até aproximadamente 45 metros de profundidade. Podem chegar a viver por 5 anos somente. Alimentam-se de pequenos crustáceos, moluscos, vermes, e plâncton, que são sugados através de suas bocas. Eles não têm o costume de irem atrás de alimento, eles comem o que estiver passando por eles, e utilizam sua cauda preênsil para se agarrem enquanto se alimentam.
Os cavalos-marinhos apresentam mimetismo semelhante ao do camaleão, podendo mudar de cor e mexer os olhos independentemente um do outro. Algumas espécies podem ser confundidas com plantas marinhas, corais ou anêmonas.
Um cavalo-marinho macho e uma fêmea ligam-se para toda uma vida e reproduzem-se várias vezes ao longo do ano. Para se reproduzirem, a fêmea transfere seus ovos para o macho durante o acasalamento, que são fertilizados por esperma que o próprio macho libera lá dentro dentro da bolsa incubadora. O Macho fica “grávido” por Dois meses , quando os ovos se eclodem e o macho realiza violentas contorções para expelir os filhotes.
Os filhotes após nascerem já são totalmente independentes de seus pais. Um cavalo-marinho macho geralmente gera 100 a 500 filhotes por gestação, dependendo da espécie. Geralmente, quase 97% dos filhotes de cavalos-marinhos são mortos por predadores naturais.
As populações de cavalos-marinhos estão sendo ameaçadas nos últimos anos pela pesca excessiva e a destruição de habitat. As espécies de cavalos-marinhos são usadas na medicina tradicional chinesa e aproximadamente 20 milhões são capturados a cada ano e vendidos para esta finalidade. Cavalos-marinhos não são facilmente criados em cativeiro pois são muito suscetíveis à doença e acredita-se que os "selvagens" têm melhores propriedades medicinais comparadas a cavalos-marinhos de aquário. Os cavalos-marinhos são também utilizados como medicamentos pelos indonésios, filipinos e muitos outros grupos étnicos. Esses graciosos bichinhos são frequentemente capturados para servirem de peça decorativa ou para serem colocados em aquários.
Além disso, são muito frágeis, podem morrer apenas de serem retirados da água, encostado ou capturados para serem mostrados a turistas (normalmente eles morrem algumas horas após esta prática).
Estima-se que existem mais ou menos 40 espécies de cavalos-marinhos com diversas cores e formatos variados. No Brasil, existem apenas duas espécies: Hippocampus reidi e Hippocampus erectus.
Hippocampus Reidi
17,5 cm - 80g
Hippocampus Erectus
19.0 cm - 100g
São as menores espécies de cavalo marinhos no mundo, tipicamente medem menos de 2 centímetros. Existem 6 espécies de cavalo marinho pigmeu. Eles se distinguem dos outros cavalos marinhos por possuírem uma guelras atrás da cabeça ao invés de duas dos lados da cabeça
Em um post futuro vamos falar dos “primos” dos cavalos-marinhos, ou seja, peixes do mesmo gênero, mas família diferente: os peixe-cachimbo e os dragões-marinhos.