Acredito que todos já viram imagens do fundo mar e ficaram deslumbrados com a variação de cores, texturas e formações, certo ? Dependendo do local, da temperatura e da profundidade enxergamos essa grande diversidade. Além de peixes coloridos, pode-se notar uma variedade de formações nos ecossistemas marinhos forrando encostas, pedras, naufrágios entre outros. Mas, vocês sabem o que são esses coloridos que formam esses lindos recifes ? Eles são formados pelo acúmulo de animais marinhos e de certas algas. Neste post vamos comentar os três principais seres, na minha opinião, que são responsáveis por formar estes recifes e dão a cor que inspiram aquaristas e nos fazem ficar olhando por horas sem cansar, sempre notando algo diferente, belo e novo. Vamos falar dos corais, esponjas e algas.
Ao contrário do que parece, mesmo sem possuir movimentos, os corais são animais com exoesqueleto calcário (corais duros) ou de matéria orgânica (corais moles), incluem anêmonas, águas-vivas ou medusas e os “corais de fogo”. Podem construir colônias coloridas e formar grandes recifes que abrigam um ecossistema com grande biodiversidade. Os maiores Corais do Mundo são: A Grande Barreira de Coreais (Austrália), Barreira de Corais de Belize, Recife de Coral do Mar Vermelho e a Barreira de coral Mesoamericana, México.
A variedade de corais no Brasil é pequena. Há registros de 16 espécies somente. Metade destas espécies só ocorrem em nossas águas. Recentemente foram descobertos corais na foz do Rio Amazonas.
Assunto muito comentado, o branqueamento dos corais está sendo provocado principalmente pelo aquecimento global. Este processo pode não causar a morte total do recife, se não tiver uma duração muito prolongada.
Os recifes de corais dão abrigo e alimento para a maioria dos peixes e, também, funcionam como um filtro de água do mar, já que se alimentam pela filtração da água.
Das diversas espécies de Corais, escolhi algumas para mostrar aqui.
Coral-Sol
Coral-Babão
Coral-Cérebro
Gorgônia
Coral-Chifre
Anêmona
Coral-Fogo
Acropora Palmata (Elkhorn)
Capnella
Leptosammia
Acropora
Sarcophyton
Por incrível que pareça, as esponjas também são animais, estes seres simples sem movimento são sésseis e alimentam-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo e retendo as partículas de alimento nas suas células. As esponjas possuem diversas formas, cores e tamanhos. Seus corpos podem ser moles, gelatinosos ou rígidos. Não possuem tecidos, também não apresentam músculos, sistema nervoso, nem órgãos internos. São facilmente encontradas tanto em água salgada, quanto em água doce; em águas polares e tropicais; águas rasas e até fossas abissais. As esponjas marinhas possuem grande importância ecológica, pois fazem simbiose com organismo fotossintéticos e abrigam uma grande variedade de organismos aquáticos. Atualmente, há cerca de 8.700 espécies de esponjas válidas em todo mundo, destas, 515 espécies tem sido identificadas no Brasil.
Agora sim um ser que não é um animal, mas ainda não é um vegetal. Este é classificado no reino protista. Esses organismos consomem o gás carbônico dissolvido na água para a sua respiração e liberam através do processo fotossintético cerca de 70 a 90% do oxigênio contido na atmosfera. Recebendo, portanto, a denominação de pulmão do mundo, diferente do que muitos pensam que seja a Floresta Amazônica.
Um fenômeno natural muito famoso causado pelo aumento significante de microalgas em mares e águas doces é chamado de Maré vermelha: a aglomeração das algas é percebida na superfície da água pela formação de uma grande mancha de coloração avermelhada, amarelada, alaranjada ou acastanhada. A presença das algas que ocasionam a Maré Vermelha é considerada um problema ambiental, por conta dos elevados índices de toxinas presentes nas algas e que contaminam as águas dos mares. Além disso, impede uma adequada fotossíntese, por conta da redução do oxigênio nas águas levando a mortalidade de vários seres como peixes, crustáceos entre outros.
Alga Kelp
Rhodophyta (Alga vermelha)
Laminaria Digitata
Ulva Lactuca (alface-do-mar)
Muito importante também para podermos enxergar essas milhares de cores vivas como visto nas fotos ou como assistimos na televisão, são necessários alguns fatores, pois o colorido é maior quando a água é mais transparente, sem sedimentos e o Sol estiver no ponto mais alto do céu, para a luz penetrar mais fundo a coluna de água. Outra opção, seria termos uma iluminação artificial como lanternas ou flashes de câmeras. Pois a medida que a luz penetra na água, as cores quentes vão sendo absorvidas em forma de calor e devido a refração, o vermelho é a primeiro cor a deixar de existir, já em poucos metros; logo depois o laranja, o amarelo e assim por diante; até sobrar só o azul ou não termos mais luz, escuridão total.